Bancada patronal ignora proposta dos Radialistas
Na primeira rodada de negociação, ocorrida no dia 30 de setembro, entre o nosso Sindicato e o Sindicato Patronal de Rádio e TV Aberta, recebemos de maneira curta e grossa a seguinte lista de propostas da bancada patronal:
– Somente 25%, isso mesmo 1/4 da inflação INPC* (algo em torno de 2,5% de reajuste) em outubro e outros 1/4 da inflação apenas em maio de 2022. Lembrando que o INPC já está na casa dos 10%
ESSA PROPOSTA É UMA FALTA DE RESPEITO, RADIALISTA.
Somente essa cláusula significaria uma perda salarial no seu poder de compra de aproximadamente 7,5% em outubro e de pelo menos 5% em maio de 2022,
tendo em vista que inflação já está na casa dos 10%
– A proposta patronal colocada não oferece qualquer participação dos resultados ou abono;
– Zero reajuste no auxílio alimentação.
– Zero reajuste nas cláusulas econômicas: auxílio creche, funeral e seguro de vida.
A desculpa para tamanha covardia foi a crise econômica que eles mesmos criaram. A política econômica liberal implementada no Brasil a partir de 2015 foi integralmente apoiada pelas emissoras de Rádio e Televisão, que agora estão tentando fazer seus empregados pagarem o pato.
A proposta do nosso Sindicato, que foi ignorada pela bancada patronal, contempla:
– Reajuste do INPC (aproximadamente 10%) + 5,6%
– 50% de PR e ABONO
– Plano de saúde nas empresas que ainda não oferecem;
– Auxílio creche para casais homoafetivos em união estável;
– Fundo de desempregados;
– Folga de pelo menos 2 domingos por mês;
– Fim do banco de horas.
A proposta dos trabalhadores visa resgatar um mínimo de dignidade para se trabalhar em Rádio e TV no Rio de Janeiro. Já são 6 anos de retirada de direitos constantes e os radialistas através do Sindicato resolveram dizer um chega, um BASTA!
Nova reunião havia sido acordada para o 14/10, mas foi remarcada pelo Sindicato Patronal para o dia 05/11 a ser realizada de forma virtual.
*empresas com mais de 2 mil funcionários pagaria metade da inflação em parcela única, a partir de outubro.
