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Que Ministra do Trabalho é essa, Brasil?!

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Está marcada para amanhã, terça-feira (09/01) a posse da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) como nova Ministra do Trabalho e Emprego do Brasil. Ela, que tem na ficha (bem suja) condenação pela própria justiça do trabalho por submeter funcionários a regimes abusivos. Ela, que com um dos motoristas que demitiu (após 5 anos trabalhou de segunda a sexta, das 6h30 às 22h, com uma hora de intervalo intrajornada), tem uma dívida de R$60.400,00 em indenizações por abuso. Filha do pivô do mensalão (Roberto Jefferson) – também presidente do seu partido, o PTB. Detida por crime eleitoral na campanha de Aécio. Que, neste tempo como deputada, usou seu voto para abafar a investigação de Michel Temer, e apoiar todos os maiores ataques desse governo ao povo brasileiro: PEC do Teto, Reforma Trabalhista, Terceirização sem Limites…

Ilimitado mesmo são as razões para não colocar uma pessoa desse cacife justamente na pasta do Ministério do Trabalho. A indicação de Temer veio após a saída do antigo ministro, Ronaldo Nogueira, para que esteja apto a concorrer nas próximas eleições. Também saem pelo mesmo motivo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, e Marcos Pereira, estava a frente do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

 

Relação com quem trabalha

O que mais ajudou a nomeação ganhar as páginas dos jornais como algo grotesco foi o fato de Cristiane ter graves acusaçõese até mesmo ser sentenciada pela Justiça do Trabalho.De acordo com o juiz Pedro Figueiredo, que julgou um dos casos em primeira instância (e condenou a ré),ela mantinha um motorista trabalhando 15h por dia durante anos,sem carteira de trabalho assinada. Sem férias, aviso prévio…Sem direitos.

De acordo com sentença de julho de 2017, a dívida de R$ 60 mil foi abatida com penhoras e era, àquela época, de R$ 52 mil. Até outubro do ano passado, Cristiane não havia comprovado o pagamento integral, conforme consta no processo. O nome de Cristiane Brasil não consta no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas do Tribunal Superior do Trabalho. O G1 entrou em contato com o TRT1 para saber o porquê, mas não obteve resposta.

A defesa de Fernando afirma que não houve a inclusão na lista porque bens da ministra foram penhorados e o processo, já transitado em julgado, aguarda a execução de novos bens.

Um processo mais recente foi registrado em 2017 por outro motorista: Leonardo Eugêncio de Almeida Moreira. Neste caso, o desfecho foi diferente. A então deputada se comprometeu a pagar R$ 14 mil, em parcelas de R$ 1 mil, além de assinar a carteira de trabalho.

Fica claro que a visão das relações trabalhistas que vai direcionar as decisões da próxima ministra: bem cínicas e rasteiras, totalmente desniveladas, repletas de privilégios para o patrão e sem nenhuma garantia de direitos para o empregado. Pois saiba, deputada – e todos os outros patrões que estão acostumados a abusar dos funcionários esperando sair ilesos – que é o nosso trabalho que sustenta todo o seu poder. O povo não cruza os braços, está sempre em movimento, e diferente daqueles que estão acostumados ao privilégio, somos nascidos na luta. Este governo, este sistema de governo, que há tanto tempo sobrevive comprando o apoio de parlamentares, cairá por terra, e nós iremos levantar este país com nossos braços, como sempre fizemos.

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